Navegando por Autor "Costa, Franciele Andriane da"
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- ItemO ensino da produção textual por meio de uma sequência didática de gêneros: a fanfic como eixo organizador(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023) Costa, Franciele Andriane da; Striquer, Marilúcia dos Santos Domingos; http://lattes.cnpq.br/7350484030070515; Striquer, Marilúcia dos Santos Domingos; Santana, Andréia da Cunha Malheiros; Luccas, SimoneEsta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa-ação que tem como objetivo propositivo elaborar uma sequência didática de gêneros (SDG), destinada a alunos do 6° e 7° ano do Ensino Fundamental (EF), tendo como eixo organizador a fanfic. A referida SDG configura-se como o Produto Educacional que é parte integrante deste trabalho. Ao elaborar a SDG e implementá-la em sala de aula, o objetivo de pesquisa se estabelece em investigar o desenvolvimento de capacidades de linguagem dos alunos participantes, para a produção escrita da fanfic. Para tanto, os objetivos específicos são: modelizar o gênero textual fanfic; investigar quais capacidades de linguagem para a produção textual de fanfic os alunos demonstravam ter antes da implementação da SDG, na fase diagnóstica; investigar quais capacidades de linguagem para a produção textual de fanfic os alunos demonstraram ter após a implementação da SDG, na produção final. Tais objetivos se fundamentam na seguinte pergunta: de que forma a fanfic, sendo um gênero da esfera digital, o que seria, teoricamente, de maior interesse dos alunos, contribuiu para o aprimoramento da prática da produção de textos dos discentes. O aporte teórico-metodológico sustenta-se nos pressupostos do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2009), mais especificamente, em sua vertente didática, isto é, na metodologia da SDG (BARROS, 2012; BARROS; STRIQUER; GONÇALVES, 2019; DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004; MACHADO; CRISTOVÃO, 2006; SCHNEUWLY; DOLZ, 2004). Os resultados possibilitam compreender quais são as características sociocomunicativas, discursivas e linguístico-discursivas do gênero fanfic, por meio da elaboração do modelo teórico e do didático do gênero; bem como definir as categorias de análise da produção inicial e final dos alunos. Sobre o que eles já sabiam e o que precisavam saber sobre a escrita de fanfic, as análises das primeiras produções evidenciam quais características do gênero os alunos apresentam maior dificuldade. Contudo, ao final da implementação, as análises das produções finais mostram o desenvolvimento de capacidades de linguagem dos discentes para a escrita de fanfic. Assim, a fanfic mostrou-se como uma ferramenta que contribui para o aprimoramento da prática de produção de textos dos discentes, visto que é um gênero da esfera digital e que está ligada a assuntos que engajam os alunos.
- ItemSou fã, sou fanfiqueiro! uma sequência didática de gêneros para o ensino da produção textual(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023) Costa, Franciele Andriane da; Striquer, Marilúcia dos Santos Domingos; http://lattes.cnpq.br/7350484030070515Afinal, o que é ser fã? O que pode despertar o interesse das pessoas por livros em série? Passar horas na frente da TV assistindo seriados de televisão, filmes, desenhos e novelas? Levar um bom tempo cuidando das redes sociais dos artistas famosos, assistindo vídeos sobre o assunto nas diversas plataformas de vídeo? Esperar, chorar e contar os minutos para um assistir show de seu artista ou sua banda preferida? Como explicar um fã?! De acordo com Curi (2010), o termo fã surgiu no século XIX para representar, nos jornais da época, todos aqueles que acompanhavam times de futebol que jogavam profissionalmente. Para Silveira (2010), a ação do fã vai além do acompanhamento de produtos de cultura de massa, pois a criatividade de um fã é capaz de romper as distinções entre os produtores e receptores de conteúdo, retirando da indústria o poder de ser a única responsável pela produção de conteúdos. Entrelaçado a isso, surge a fanfic, a qual é conceituada por Neves (2011) como uma forma de um fã reescrever romances com personagens que pertencem ou não às obras de ficção de origem. No mesmo sentido, Ribeiro (2020) conceitura fanfic como uma forma de escrever histórias de ficção, basedas em histórias de ficção ou em pessoas reais, as quais se tornaram reconhecidas pelas suas profissões, como cantores, artistas, influencers, modelos ou por participações em programas de televisão consumidos pela cultura de massa. Dessa maneira, fanfic é uma manifestação da criatividade de um fã de um produto cultural, é uma forma de aumentar o contato do fã com o produto. E, ainda segundo Neves (2011) e Ribeiro (2020), para o fanfiqueiro, não há limites entre a ficção e a realidade, pois só mesmo um fã é capaz de, por meio da fanfic, reescrever, ampliar, transformar, mudar, etc. as obras de ficção, ou até mesmo criar situações ficcionais para um personagem real. É meio à proposta de incentivar o desenvolvimento da criatividade de alunos da Educação Básica (EB) e diante de nossa participação no Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEN), Mestrado Profissional da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), o qual está cunhado sobre a exigência da elaboração de um Produto Técnico Educacional (PTE), que direcionamos esta nossa proposição, a qual destina-se ao ensino da produção de textos, tendo como eixo organizador, o gênero textual fanfic, para alunos da EB. Em nossa atuação profissional com alunos do Ensino Fundamental (EF) – anos finais, comungamos com o que apontam Dudeney, Hocly e Pegrum (2016), de que os adolescentes estão cada vez mais interessados e ligados às tecnologias digitais, o que torna o trabalho na escola com gêneros oriundos desse universo muito importante. Fato que se relaciona ao que prescreve a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento orientador da prática docente na EB, sobre a fanfic: Depois de ler um livro de literatura ou assistir a um filme, pode-se postar comentários em redes sociais específicas, seguir diretores, autores, escritores, acompanhar de perto seu trabalho; podemos produzir playlists, vlogs, vídeos-minuto, escrever fanfics, produzir e-zines, nos tornar um booktuber, dentre outras muitas possibilidades. (BRASIL, 2018, p. 68). Assim, a fanfic é referenciada pela BNCC como um gênero que promove a compreensão de uma das formas de “manifestação da compreensão ativa (réplica ativa) dos textos que circulam nas redes sociais” (BRASIL, 2018, p. 73). Também o Currículo da Rede Estadual Paranaense (CREP), ao orientar sobre as habilidades que devem ser desenvolvidas nos alunos do 7° ano, aponta a fanfic, para que os discentes apreendam: criar textos, revisar, editar e reescrever, considerando os elementos composicionais e o contexto de produção, tendo como intuito desenvolver a imaginação, a partir de textos literários; criar narrativas ficcionais que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia levando o aluno a ter domínio dos elementos que compõe uma narrativa (PARANÁ, 2021, p.60). Assim, como professora-pesquisadora, participante do PPGEN, nos propomos a elaborar este PE, que se configura em uma sequência didática de gêneros (SDG), destinada a alunos do 7° ano do EF, a fim do desenvolvimento de capacidades de linguagem, dos discentes, para a produção de textos, tendo como eixo organizar a fanfic. É importante ressaltar que este PE é parte integrante da dissertação intitulada “O ensino da produção textual por meio de uma sequência didática de gêneros: A fanfic como eixo organizador”, disponível em: https://uenp.edu.br/ppgen- produtos-educacionais. Assim expomos o objetivo geral que norteou a pesquisa relatada na referida dissertação: investigar o desenvolvimento de capacidades de linguagem para a produção textual de fanfics os alunos do 7° ano ao participarem da implementação da SDG. Para alcance desse objetivo, alguns específicos foram elaborados: a) Modelizar o gênero textual fanfic; b) Investigar quais capacidades de linguagem para a produção textual de fanfic que os alunos demonstram ter antes da implementação da SDG, na fase diagnóstica; c) Investigar quais capacidades de linguagem para a produção textual de fanfic os alunos demonstram ter após a implementação da SDG, na produção final. Tanto para a elaboração do PE/SDG como para a realização da pesquisa, pautamo-nos sobre o aporte teórico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2009; DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004; MACHADO; CRISTOVÃO, 2006; SCHNEUWLY; DOLZ, 2004), do que tratamos na próxima seção.