Relação entre os parâmetros da impedância bioelétrica localizada e indicadores de desempenho em mulheres jovens

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Data
2023-04-28
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Universidade Estadual do Norte do Paraná
Resumo
A análise de impedância bioelétrica (BIA) é um método simples, rápido e seguro para estimar a composição corporal. Mais recentemente, a BIA tem sido utilizada de forma localizada (LBIA) para avaliar grupos musculares específicos, em lesões e doenças e no desempenho durante o exercício principalmente de membros superiores. Entretanto, pouco se sabe sobre a possível relação da L-BIA no desempenho de força e potência muscular de membros inferiores, principalmente no sexo feminino. Objetivo: Verificar a relação entre os parâmetros da L-BIA e indicadores de desempenho em jovens do sexo feminino. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 30 jovens do sexo feminino de 18 a 30 anos. As avaliações dos parâmetros da L-BIA, resistência (L-R), reatância (L-Xc), ângulo de fase (L-AngF) foram no quadríceps pré e pós os testes de força (exercício de séries múltiplas de joelho no dinamômetro isocinético) e potência muscular (protocolo de wingate) e também foram calculadas as alterações pré e pós testes (Δ). O tecido mole magro (TMM) e o percentual de massa gorda (%MG) total e da perna direita, foram determinas pela absorciometria por dupla emissão de raios x (DXA). As comparações foram realizadas pela Análise de Variância para medidas repetidas e teste t de Student pareado e a relação entre as variáveis pela análise de regressão linear. Resultados: Houve diferenças significativas na L-R (p=0,001; p=0,002), L-Xc (p=0,043; p=0,001) e circunferência de coxa (p<0,001; p=0,002) pré e pós séries múltiplas e wingate, respectivamente. O ∆L-AngF (Ω) apresentou correlação significava na 1° (p<0,001), 2° (p=0,002) e 3° série (p=0,004), explicando 39%, 28% e 24% da variação do pico de torque da 1°, 2° e 3° série, respectivamente, permanecendo significativo na 1° série do pico de torque e média do pico de torque independente do TMM total e da coxa (p<0,05). A L-R pré e pós wingate apresentou correlação significativa negativa com os watts médio (p=0,022; p=0,014), explicando 14% e 17% da variação. O L-AngF pós wingate apresentou correlação significativa com os watts máximo/kg (p=0,020), explicando 15% da variação, enquanto o TMM total e da coxa explicaram 62% e 44% da variação dos watts médio, respectivamente. O TMM total e da coxa foram significativos de forma independente (p<0,001; p=0,002) e nos watts médio, a L-R pré e pós foram significativos quando ajustados pelo TMM total e da coxa (p<0,001). Conclusão: Nessa amostra de jovens do sexo feminino o ∆L-AngF demonstrou relação significativa e independente com o desempenho de força. Na potência muscular, o TMM total e da coxa foram os melhores preditores. Mais estudos, com diferentes intensidades e volumes são necessários para determinar a capacidade da L-BIA em monitorar o desempenho no sexo feminino.
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Palavras-chave
Impedância Bioelétrica, Força Muscular, Potência.
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