Biocontrole in vitro de Fusarium solani isolado de mandioca

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Data
2017-03-29
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Universidade Estadual do Norte do Paraná
Resumo
A podridão radicular da mandioca ocasiona perdas relevantes em sua produção. O difícilmanejo, aliado à indisponibilidade de fungicidas químicos registrados ao Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) resultam na necessidade de alternativas decontrole. Os objetivos deste trabalho foram verificar a ação inibitória, in vitro, deTrichoderma harzianum, adubo biológico e 49 isolados bacterianos cavernícolas sobre doisisolados de Fusarium solani, assim como elucidar os principais mecanismos envolvidos nobiocontrole dos fitopatógenos. F. solani (F1 e F2) foram isolados de raízes de mandioca comsinais e sintomas de fusariose. Para os bioensaios com T. harzianum e com as bactériasprovenientes de cavernas, utilizou-se o método de cultura pareada. O adubo biológicoesterilizado foi testado nas concentrações: 2,5; 5,0; 10,0; 20,0 e 40,0% e não esterilizado (innatura), nas concentrações: 0,3125; 0,625; 1,25; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0 e 40,0% por diluiçõesnos meios de cultura. Como testemunha, os fungos foram cultivados na ausência do produto.Estas foram incubadas a 25 oC, com fotoperíodo de 12 horas por 7 dias. Avaliou-se ocrescimento micelial por meio de medição diária do diâmetro das colônias, obtendo-se oíndice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) em mm dia-1, bem como a porcentagemde inibição, além de taxa de esporulação e porcentagem de germinação dos esporos. Osbioensaios foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado e os resultadossubmetidos à análise de variância. As médias obtidas no bioensaio com T. harzianum foramcomparadas por teste t (p<0,05) e os resultados do pareamento com os isolados cavernícolasforam analisados pelo teste Scott-Knott (p<0,05). Para os dados do bioensaio com o adubobiológico efetuou-se a análise de regressão e teste Tukey (p<0,05). Os resultadosdemonstraram que o crescimento micelial dos isolados de F. solani em cultivo pareado comT. harzianum foi interrompido após o encontro de suas hifas pela ocorrência demicoparasitismo, porém sem interferência na taxa de esporulação. O adubo biológicoesterilizado não foi capaz de promover biocontrole, porém seu efeito não esterilizadoocasionou biocontrole satisfatório na concentração de 2,5%, com inibições deaproximadamente 64% e 85% no crescimento micelial dos fungos F1 e F2, respectivamente.Além disto, observou-se declínio na germinação dos esporos conforme aumento daconcentração do produto não esterilizado. Os compostos provenientes do metabolismo dacomunidade microbiana presente no adubo biológico foram essenciais para seu efeitoinibitório. Quanto à ação inibitória dos 49 isolados bacterianos cavernícolas, observou-sesensibilidade de F1 e F2 à 87,80% e 89,80% do isolados, respectivamente, o que demonstraimportante potencial de seus compostos antimicrobianos. Conclui-se que as alternativas decontrole propostas foram relevantes para o biocontrole, in vitro, de F. solani.
Descrição
Palavras-chave
Adubo biológico, Bactérias cavernícolas, Controle biológico, Fusariose, Trichoderma harzianum
Citação
AZEVEDO, Paula Fernanda de. Biocontrole in vitro de Fusarium solani isolado de mandioca. Orientador: Leopoldo Sussumu Matsumoto. 2017. 77 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Centro de Ciências Agrárias, Campus Luiz Meneghel, Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, 2017.
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