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- ItemEnsino da oralidade por meio do gênero textual debate público regrado(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023) Aquino, Carolina Ribeiro de; Storto, Letícia Jovelina; http://lattes.cnpq.br/0743245285126825; Storto, Letícia Jovelina; Barros, Eliana Merlin Deganutti de; Nascimento, Cláudia LopesA tradição escolar ainda oferta à oralidade um lugar secundário no processo de ensino. Isso se torna perceptível ao observar o espaço que os gêneros orais ocupam na sala de aula, como mostram as pesquisas mais recentes na área. Mesmo não sendo recente a inserção dessa modalidade da língua nos documentos oficiais da educação, o ensino da língua falada ainda constitui um desafio para as escolas brasileiras. Partindo disso, este trabalho é o resultado de uma pesquisa inserida no Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), Programa Nacional de Pós-Graduação Stricto Sensu ofertado a professores de Língua Portuguesa atuantes do Ensino Fundamental Anos iniciais e finais. Em particular, tem como objetivo geral analisar o desenvolvimento da oralidade dos alunos a partir do trabalho com o gênero textual debate público regrado no contexto escolar. Os objetivos específicos da pesquisa são: descrever as características do gênero textual debate público regrado; elaborar um caderno do professor para o ensino do gênero; implementar o material em aulas de língua portuguesa; e discutir os resultados da implementação. Dentre os gêneros orais apontados nos documentos da educação, escolhemos o debate público regrado para o processo de intervenção, por ser um gênero próprio do argumentar que possibilita o exercício de habilidades orais em práticas discursivas formais. Para a elaboração das atividades aplicadas em sala de aula, organizadas em um conjunto de atividades que norteiam o ensino do gênero, inspirada na sequência didática de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), tivemos como aporte teórico as teorias da Análise da Conversação e Linguística de Texto, trazendo autores como Urbano (2009), Hilgert (2020), Marcuschi (2001; 2002; 2007; 2008), Storto (2020), Carvalho e Ferrarezi Jr. (2018), bem como concepções importantes para o estudo do oral, no espaço escolar, como as de Dolz e Schneuwly (2004) e Nascimento (2015). Para que a construção do trabalho fosse possível, realizamos uma pesquisa qualitativa em uma turma de 9° ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do Piauí e, posteriormente, analisamos os dados da aplicação. A escolha dessa turma para a coleta de dados ocorreu pela necessidade de aprimorar a oralidade dos estudantes, incluindo a argumentação oral, pois são competências contempladas na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) e Currículo do Piauí (PIAUÍ, 2018), documentos que orientam a nossa prática. Os resultados da pesquisa mostram que trabalhar a oralidade, pela via do gênero debate público regrado, possibilita o desenvolvimento de habilidades orais dos estudantes, incluindo a atividade argumentativa em interações discursivas.
- ItemOralidade na sala de recursos multifuncionais: o ensino de Língua Portuguesa a estudante autista(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2024) Santana, Dayanna de Paula Mariani dos Santos; Araújo, Roberta Negrão de; http://lattes.cnpq.br/0676766332500379; Storto, Letícia Jovelina; http://lattes.cnpq.br/0743245285126825; Storto , Letícia Jovelina; Araújo, Roberta Negrão de; Domingos, Marilúcia dos Santos; Coelho Neto, JoãoEsta dissertação, vinculada ao Programa de Mestrado Profissional em Letras, da Universidade Estadual do Norte do Paraná — campus Cornélio Procópio, advém da seguinte problemática: quais atividades podem ser promovidas com o gênero oral entrevista a fim de desenvolver a comunicação de estudantes autistas em contexto de interação verbal mediada por perguntas? Assim, o objetivo interventivo é elaborar uma sequência de atividades para o ensino da Língua Portuguesa a um aluno autista com comunicação verbal, na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), por meio do gênero textual oral entrevista. Já o objetivo geral de pesquisa é analisar algumas dimensões da oralidade na interação oral desse aluno autista. Apresenta, ainda, como objetivos específicos: (1) refletir sobre os aspectos do transtorno do espectro autista na perspectiva legislativa, social e educacional; (2) selecionar algumas dimensões ensináveis da entrevista a partir da descrição do gênero; (3) analisar a produção oral de crianças com TEA. O referencial teórico está fundamentado em autores como Magalhães (2008) e Marcuschi (2008). Elaboramos um caderno do professor com uma proposta de sequência de atividades com interações discursivas e estratégias de fala e escuta para criança com TEA. Para isso, a partir da atuação como professora da SRM, desenvolvemos e implementamos atividades com o referido gênero em uma escola municipal, no interior do Estado de São Paulo, junto a dois alunos, sendo o estudante autista verbal (suporte 1) o sujeito de pesquisa. Ele tem hiperfoco em rostos femininos e celebridades e estava matriculado no 4º ano do Ensino Fundamental. De maneira a levantar algumas informações referentes a ele, em sala regular, realizamos uma entrevista semiestruturada com a professora regente e a de atendimento educacional especializado que o acompanham. Assim, a pesquisa configura-se como pesquisa-ação, de natureza qualitativa, básica, descritiva e abordagem indutiva. Durante a implementação da sequência de atividades, fizemos uso do gravador de som e imagem e do diário de campo para a coleta de dados de situações de interlocuções. Os dados mostram que, ao trabalharmos com os interesses de hiperfoco do estudante, houve participação ativa de sua parte nas atividades. Ademais, ao realizarmos atividades lúdicas, o aluno passou a respeitar os turnos de fala dos integrantes e a responder adequadamente as perguntas que lhes eram feitas. Esperamos que esta pesquisa promova reflexões e discussões a respeito do trabalho com a oralidade para estudantes TEA e que o material disponibilizado possa auxiliar professores em suas práticas educacionais inclusivas.