Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
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- ItemEfeitos do alongamento em um programa de Pilates na aptidão musculoesquelética: um ensaio clínico randomizado(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023-05-02) Reis, Alex Lopes dos; Oliveira, Raphael Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/6247518975926252Introdução: A flexibilidade, força, potência e resistência muscular são componentes importantes da aptidão musculoesquelética, tanto para atletas de diferentes modalidades, ao impactar no desempenho esportivo, como para não atletas, por impactar no desempenho de atividades da vida diária. Alguns programas de exercício físico utilizam-se de exercícios específicos para o desenvolvimento destes componentes na mesma sessão. No entanto, a literatura científica questiona o impacto dos exercícios de alongamento quando executados imediatamente antes do treino de fortalecimento muscular. Uma modalidade de exercício físico que tipicamente utiliza exercícios de alongamento precedendo exercícios de fortalecimento muscular é o Pilates. Contudo, até o momento, nenhum estudo investigou os efeitos do alongamento em um programa de Pilates sobre o desenvolvimento de componentes da aptidão musculoesquelética. Objetivo: Analisar os efeitos do alongamento em um programa de exercícios de Pilates no desenvolvimento de flexibilidade, força, potência e resistência muscular. Métodos: Trinta e duas mulheres sedentárias foram randomizadas em dois grupos: Pilates Tradicional (GPT), que executou exercícios de flexibilidade e de fortalecimento muscular (n = 16; idade = 27,44 ± 5,70; IMC = 21,64 ± 1,49); e Pilates Não Tradicional (GPNT), que executou apenas exercícios de fortalecimento muscular (n = 16; idade = 29,00 ± 7,59; IMC = 21,19 ± 1,76). Os protocolos de treinamento com exercícios de Pilates para ambos os grupos foram idênticos, com a exceção dos exercícios de alongamento, que foram realizados no início das sessões apenas para o GPT. As sessões ocorreram 3x por semana, em dias alternados, até completar 24 sessões (8 semanas). O protocolo foi composto por 20 exercícios para o GPT e 15 exercícios para o GPNT. A progressão de carga ocorreu a cada duas semanas. Os grupos foram avaliados pré e pós-intervenção por intermédio dos seguintes testes: 1 Repetição Máxima (1 RM) com resistência elástica para extensores e flexores de joelho do membro dominante, salto vertical, abdominal em 1 minuto, resistência das costas (Sorensen), força de preensão manual e sentar-e-alcançar. Para análise estatística foi utilizado o teste t de Student para amostras dependentes nas comparações intragrupos. Para dados não paramétricos foi utilizado o teste de Wilcoxon. Na comparação intergrupos foi utilizado o teste de covariância (Ancova) tendo os dados de linha de base como covariável. Para os dados não paramétricos, foi calculado o delta (Δ) da diferença dos resultados entre a pré e a pós-intervenção e posteriormente, realizado o teste U-Mann Whitney. O tamanho do efeito foi calculado pelo Cohens’d. Resultados: Os grupos foram diferentes apenas para o teste de flexibilidade (Δ: GPT = 4,19 ± 4,76 cm vs. GPNT = 0,81 ± 2,78 cm; d = 0,87; p = 0,035) no momento pós-intervenção. As comparações intragrupo demonstraram diferenças significativas (p < 0,05) para o GPT e GPNT na melhora da força muscular dos extensores e flexores do joelho e potência muscular de membros inferiores (salto vertical), com tamanhos de efeito variando de moderado à grande. Apenas o GPT apresentou melhora significativa (p < 0,05) intragrupo para flexibilidade, com grande tamanho de efeito. Conclusão: Nossos achados demonstraram que exercícios de alongamento em um programa de Pilates, não prejudicaram ou potencializaram o desenvolvimento de força, potência e resistência muscular em mulheres jovens. No entanto, apenas o programa de Pilates com alongamento possibilitou a melhora da flexibilidade. Palavras-chave: Jovens adultos, Desempenho, Aquecimento, Aptidão física.