Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
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- ItemRelação entre os parâmetros da impedância bioelétrica localizada e indicadores de desempenho em mulheres jovens(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023-04-28) Bueno, Aryanne Hydeko Fukuoka; Gonçalves, Ezequiel Moreira; https://orcid.org/0000-0001-8470-9479; http://lattes.cnpq.br/3712055715302474A análise de impedância bioelétrica (BIA) é um método simples, rápido e seguro para estimar a composição corporal. Mais recentemente, a BIA tem sido utilizada de forma localizada (LBIA) para avaliar grupos musculares específicos, em lesões e doenças e no desempenho durante o exercício principalmente de membros superiores. Entretanto, pouco se sabe sobre a possível relação da L-BIA no desempenho de força e potência muscular de membros inferiores, principalmente no sexo feminino. Objetivo: Verificar a relação entre os parâmetros da L-BIA e indicadores de desempenho em jovens do sexo feminino. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 30 jovens do sexo feminino de 18 a 30 anos. As avaliações dos parâmetros da L-BIA, resistência (L-R), reatância (L-Xc), ângulo de fase (L-AngF) foram no quadríceps pré e pós os testes de força (exercício de séries múltiplas de joelho no dinamômetro isocinético) e potência muscular (protocolo de wingate) e também foram calculadas as alterações pré e pós testes (Δ). O tecido mole magro (TMM) e o percentual de massa gorda (%MG) total e da perna direita, foram determinas pela absorciometria por dupla emissão de raios x (DXA). As comparações foram realizadas pela Análise de Variância para medidas repetidas e teste t de Student pareado e a relação entre as variáveis pela análise de regressão linear. Resultados: Houve diferenças significativas na L-R (p=0,001; p=0,002), L-Xc (p=0,043; p=0,001) e circunferência de coxa (p<0,001; p=0,002) pré e pós séries múltiplas e wingate, respectivamente. O ∆L-AngF (Ω) apresentou correlação significava na 1° (p<0,001), 2° (p=0,002) e 3° série (p=0,004), explicando 39%, 28% e 24% da variação do pico de torque da 1°, 2° e 3° série, respectivamente, permanecendo significativo na 1° série do pico de torque e média do pico de torque independente do TMM total e da coxa (p<0,05). A L-R pré e pós wingate apresentou correlação significativa negativa com os watts médio (p=0,022; p=0,014), explicando 14% e 17% da variação. O L-AngF pós wingate apresentou correlação significativa com os watts máximo/kg (p=0,020), explicando 15% da variação, enquanto o TMM total e da coxa explicaram 62% e 44% da variação dos watts médio, respectivamente. O TMM total e da coxa foram significativos de forma independente (p<0,001; p=0,002) e nos watts médio, a L-R pré e pós foram significativos quando ajustados pelo TMM total e da coxa (p<0,001). Conclusão: Nessa amostra de jovens do sexo feminino o ∆L-AngF demonstrou relação significativa e independente com o desempenho de força. Na potência muscular, o TMM total e da coxa foram os melhores preditores. Mais estudos, com diferentes intensidades e volumes são necessários para determinar a capacidade da L-BIA em monitorar o desempenho no sexo feminino.
- ItemEfeitos do alongamento em um programa de Pilates na aptidão musculoesquelética: um ensaio clínico randomizado(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023-05-02) Reis, Alex Lopes dos; Oliveira, Raphael Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/6247518975926252Introdução: A flexibilidade, força, potência e resistência muscular são componentes importantes da aptidão musculoesquelética, tanto para atletas de diferentes modalidades, ao impactar no desempenho esportivo, como para não atletas, por impactar no desempenho de atividades da vida diária. Alguns programas de exercício físico utilizam-se de exercícios específicos para o desenvolvimento destes componentes na mesma sessão. No entanto, a literatura científica questiona o impacto dos exercícios de alongamento quando executados imediatamente antes do treino de fortalecimento muscular. Uma modalidade de exercício físico que tipicamente utiliza exercícios de alongamento precedendo exercícios de fortalecimento muscular é o Pilates. Contudo, até o momento, nenhum estudo investigou os efeitos do alongamento em um programa de Pilates sobre o desenvolvimento de componentes da aptidão musculoesquelética. Objetivo: Analisar os efeitos do alongamento em um programa de exercícios de Pilates no desenvolvimento de flexibilidade, força, potência e resistência muscular. Métodos: Trinta e duas mulheres sedentárias foram randomizadas em dois grupos: Pilates Tradicional (GPT), que executou exercícios de flexibilidade e de fortalecimento muscular (n = 16; idade = 27,44 ± 5,70; IMC = 21,64 ± 1,49); e Pilates Não Tradicional (GPNT), que executou apenas exercícios de fortalecimento muscular (n = 16; idade = 29,00 ± 7,59; IMC = 21,19 ± 1,76). Os protocolos de treinamento com exercícios de Pilates para ambos os grupos foram idênticos, com a exceção dos exercícios de alongamento, que foram realizados no início das sessões apenas para o GPT. As sessões ocorreram 3x por semana, em dias alternados, até completar 24 sessões (8 semanas). O protocolo foi composto por 20 exercícios para o GPT e 15 exercícios para o GPNT. A progressão de carga ocorreu a cada duas semanas. Os grupos foram avaliados pré e pós-intervenção por intermédio dos seguintes testes: 1 Repetição Máxima (1 RM) com resistência elástica para extensores e flexores de joelho do membro dominante, salto vertical, abdominal em 1 minuto, resistência das costas (Sorensen), força de preensão manual e sentar-e-alcançar. Para análise estatística foi utilizado o teste t de Student para amostras dependentes nas comparações intragrupos. Para dados não paramétricos foi utilizado o teste de Wilcoxon. Na comparação intergrupos foi utilizado o teste de covariância (Ancova) tendo os dados de linha de base como covariável. Para os dados não paramétricos, foi calculado o delta (Δ) da diferença dos resultados entre a pré e a pós-intervenção e posteriormente, realizado o teste U-Mann Whitney. O tamanho do efeito foi calculado pelo Cohens’d. Resultados: Os grupos foram diferentes apenas para o teste de flexibilidade (Δ: GPT = 4,19 ± 4,76 cm vs. GPNT = 0,81 ± 2,78 cm; d = 0,87; p = 0,035) no momento pós-intervenção. As comparações intragrupo demonstraram diferenças significativas (p < 0,05) para o GPT e GPNT na melhora da força muscular dos extensores e flexores do joelho e potência muscular de membros inferiores (salto vertical), com tamanhos de efeito variando de moderado à grande. Apenas o GPT apresentou melhora significativa (p < 0,05) intragrupo para flexibilidade, com grande tamanho de efeito. Conclusão: Nossos achados demonstraram que exercícios de alongamento em um programa de Pilates, não prejudicaram ou potencializaram o desenvolvimento de força, potência e resistência muscular em mulheres jovens. No entanto, apenas o programa de Pilates com alongamento possibilitou a melhora da flexibilidade. Palavras-chave: Jovens adultos, Desempenho, Aquecimento, Aptidão física.
- ItemEfeitos psicofisiológicos do Precondicionamento Isquêmico em praticantes de Mountain Bike(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2023-05-18) Amaral Neto, Anibal Pires do; Santos, Claudinei Ferreira dos; http://lattes.cnpq.br/3714147530384082Introdução: O precondicionamento isquêmico é uma técnica que se utiliza de curtos momentos de isquemia induzida seguida por reperfusão. Ela inicialmente tinha como objetivo minimizar danos a tecidos submetidos a eventos isquêmicos através de um possível efeito protetor. Atualmente tem surgido algumas evidências de benefícios no desempenho esportivo, mas devido a diferenças metodológicas de avaliação e aplicação da técnica, os resultados ainda são controversos. Objetivos: Analisar os efeitos do precondicionamento isquêmico aplicado 45 minutos antes de um teste de tempo até a exaustão, em intensidade submáxima, sobre os indicadores psicofisiológicos associados ao desempenho em praticantes de Mountains Bike. Métodos: O estudo foi desenvolvido como um ensaio clínico randomizado cruzado através de duas intervenções, um protocolo de precondicionamento isquêmico (PCI) com uma pressão de oclusão de 220mmHg e um protocolo de precondicionamento isquêmico falso (SHAM), com pressão de oclusão de 20mmHg, ambos sendo realizados com quatro séries de cinco minutos de oclusão seguidos de reperfusão pelo mesmo período. Foram recrutados por conveniência participantes do sexo masculino, saudáveis, com idade entre 25 e 45 anos, com experiência anterior em treinamento de pelo menos um ano. Em uma primeira visita ao laboratório os participantes realizaram um teste incremental para familiarização e identificação da potência de pico e nas visitas subsequentes, após aplicação dos protocolos, submetidos a testes de tempo até a exaustão (TTE), com uma carga correspondente a 75% da potência de pico. Foram registradas as notas de percepção subjetiva de esforço (PSE) a cada três minutos e nos últimos seis minutos do TTE foram analisados os dados de frequência cardíaca (FC6min), índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) no domínio do tempo: MédiaRR e RMSSD e no domínio da frequência o índice LF/HF. Os dados foram analisados no Software IBM SPSS Statistics, versão 25.0, sendo a normalidade dos dados verificada através do teste de ShapiroWilk, comparação dos protocolos através do teste “t” de Student e identificação do tamanho do efeito através do “g” de Hedges, sendo os dados descritivos apresentados como média e desvio padrão. Resultados: As variáveis TTE, FC6min e RMSSD não apresentaram diferenças, no entanto, os índices de VFC: Média RR 6min e LF/HF apresentaram diferenças significativas, com um tamanho de efeito considerável para LF/HF (p=0,021 e g=-1,33, IC95% -2,13 a -0,24). Para a PSE foi verificado que a maior parte dos participantes atribuiu uma nota menor na escala após a aplicação do PCI, quando comparado com aqueles que indicaram esforço maior ou igual. Conclusão: A realização do PCI 45minutos antes de um teste submáximo de tempo até a exaustão pode reduzir a PSE e influenciar nas respostas do sistema nervoso autônomo, especialmente na redução da resposta simpática durante o esforço.
- ItemDiferentes estratégias para as aulas de educação física e o impacto sobre a intensidade dos esforços, as percepções e o engajamento dos escolares(Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2024-04-24) Gonçalves, Marcelo José Resende; Silva, Carla Cristiane da; https://orcid.org/0000-0001-9390-7661; http://lattes.cnpq.br/5330803795655133Background & purpose: Previous studies have indicated that Physical Education classes do not provide sufficient time in moderate to vigorous intensity physical activity (MVPA) according to recommendations by international organizations. Thus, this study aimed to compare the intensity achieved using different strategies in Physical Education classes, and secondarily to investigate the fun, motivation, and engagement of students. Methods: In total, 52 students were included, 23 girls and 29 boys. A recreational strategy and an additional circuit/HIIT class were applied and compared with a traditional class. All classes were structured with the content of games and activities. The intensity was monitored using a portable heart rate monitor and the subjective perception of exertion (RPE) was recorded. For comparisons between each class strategy, the Kruskal-Wallis test and Dunn's test were applied to locate significant differences (P<0.05), as well as for comparisons of heart rate (HR) and RPE. Qualitative data are presented as percentages of interview responses. Results: The circuit/HIIT and recreational strategy showed significant superiority (P<0.01) in the proportions of time in MVPA compared to the traditional class. The RPE supported the quantitative results of HR in class intensities. The qualitative results showed that the recreational class gained the highest number of positive responses, followed by the traditional class, while the circuit/HIIT received fewer positive responses. Conclusion: The circuit/HIIT was the strategy that achieved the highest percentages in MVPA, followed by the recreational and traditional classes. All classes achieved values greater than 50% of class time in MVPA. Qualitatively, the results showed greater fun, motivation, and engagement among students in the recreational model, followed by the traditional class, and, finally, the circuit/HIIT.